Após o “rali” que elevou o valor do dólar ao patamar histórico de R$ 6,31 em dezembro do ano passado, na quarta-feira (22) a moeda voltou a ser cotada abaixo dos R$ 6 pela primeira vez no ano.
Desde então, o dólar continua a perder força em relação ao real.
Na sexta-feira (24), a moeda chegou a ser negociada a R$ 5,88 por volta das 10h45 da manhã.
Influência do Banco Central e Situação Internacional
A valorização do real frente ao dólar nos últimos dias é atribuída a fatores como os leilões de linha de US$ 2 bilhões realizados pelo Banco Central na terça-feira (21) e, especialmente, à postura do presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump.
O mercado esperava que, após sua posse, o presidente republicano anunciasse tarifas comerciais sobre importações, conforme prometido em campanha.
Entretanto, até o momento, essas medidas não foram apresentadas, o que contribuiu para a depreciação do dólar globalmente, incluindo o real, com queda de 2,49%.
Impacto e Estratégias para Investidores
O “silêncio de Trump” trouxe alívio para os mercados, mas ainda é incerto se o dólar manterá essa trajetória de desvalorização.
Caso as tarifas de importação sejam efetivamente anunciadas, a moeda pode voltar a subir.
Assim, a queda recente do dólar pode ser vista como uma oportunidade para investidores se posicionarem em moeda forte.
O dólar é considerado um porto seguro, e a indicação de sempre ter parte da carteira dolarizada torna-se ainda mais relevante em cenários de incerteza. — Especialistas do mercado financeiro