Nesta quarta-feira (5), dados mais fracos sobre a atividade econômica dos Estados Unidos provocaram uma nova queda acentuada nos rendimentos dos títulos do governo norte-americano, conhecidos como Treasuries, o que consequentemente enfraqueceu o dólar em todo o mundo.
O índice PMI de serviços caiu para 52,8 na leitura do ISM e para 52,9 na leitura da S&P Global, enquanto o PMI composto pela S&P Global caiu para 48,2 – todos os resultados ficaram abaixo das expectativas.
Nos mercados de ações, os resultados da temporada de balanços tiveram um impacto negativo sobre o setor de tecnologia, mas não impediram um avanço nos índices Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones.
Desempenho do Mercado Brasileiro
No Brasil, a sessão foi marcada por um ajuste positivo nos juros futuros, após quedas recentes, impulsionado pelo fortalecimento do dólar em relação ao real.
Além disso, a produção industrial mostrou uma queda menor do que o esperado em dezembro, o que indica que a desaceleração da economia está ocorrendo mais lentamente do que se previa, dificultando a reancoragem das expectativas de inflação.
"Apesar do aumento dos juros, o Ibovespa conseguiu manter-se em alta, graças principalmente às ações da Vale (VALE3), Embraer (EMBR3) e dos bancos." — Analista de Mercado
No encerramento da sessão, o Ibovespa registrou uma alta de 0,31%, alcançando 125.534 pontos, com um volume financeiro de R$ 19,6 bilhões.
Já o dólar teve um dia de correção, avançando 0,4% para R$ 5,79.
Perspectivas e Análise
O fortalecimento do Ibovespa, mesmo com a pressão dos juros, sinaliza a resiliência das ações brasileiras diante de um cenário complexo, tanto local quanto internacional.
A performance das empresas, especialmente nos setores de mineração e aviação, como demonstrado pela Embraer, é um indicativo positivo para investidores.