Os analistas do Santander emitiram uma recomendação neutra para as ações da Azul (AZUL4), projetando um preço-alvo de R$ 6 para o final de 2025.
Isso representa um aumento de 33% em relação ao valor de fechamento de R$ 4,51 alcançado na última sexta-feira.
“Acreditamos que a transação melhorará bastante o cenário competitivo da indústria aérea brasileira, mas achamos que será um caminho longo e sinuoso até que as sinergias que ela poderia entregar sejam alcançadas” — Analistas do Santander
Desafios na Fusão entre Azul e Gol
A fusão proposta entre Azul e Gol é vista como um movimento importante, mas enfrenta desafios consideráveis.
O Memorando de Entendimento (MoU) assinado busca encontrar um consenso em termos de governança para a potencial nova entidade.
A integração das frotas também surge como um possível obstáculo, devido ao uso de diferentes aeronaves que pode complicar o treinamento de pilotos, manutenção e outras operações.
“Além disso, continuamos a ver um ambiente macroeconômico pouco inspirador para as companhias aéreas brasileiras, com incertezas macroeconômicas ainda permeando e preços do petróleo em alta.” — Analistas do Santander
Implicações Macroeconômicas e Concorrenciais
Os analistas destacam que a fusão pode, paradoxalmente, beneficiar a concorrente Latam no curto prazo, permitindo que esta última se aproveite das dificuldades enfrentadas pela nova entidade em integrar suas operações.
As questões externas, como a volatilidade cambial e os preços dos combustíveis, somadas à incerteza econômica global, são os principais motivos para a recomendação neutra.
Acredita-se que esses fatores possam impactar negativamente a indústria aérea e, por consequência, a Azul em um futuro próximo.
Embora a fusão entre Azul e Gol possa ser positiva a longo prazo, o consenso é que, no curto e médio prazo, investir na companhia traz riscos elevados.
Portanto, permanece a posição de cautela em relação às ações da Azul, dadas as condições de mercado e os desafios internos enfrentados pela empresa.